Entrou na sala que estava preenchida por mesas, cadeiras, e pessoas falando. Nunca gostou de entrar sozinha em lugares, ficava sem graça com os olhares que a cortavam. Ele estava em uma mesa logo na entrada, deu vontade de virar as costas e sair correndo, mas aí já era muito tarde. Então ela ficou e olhou ele nos olhos, tentando forçar algo que parecesse um sorriso, e acho que deu certo por que ele sorriu. E ainda bem que sorriu, por que aí ela lembrou por que viera, e não queria mais correr. A conversa foi longa como sempre, e dinâmica como sempre. Quando as vozes ao redor diminuíram ele se ofereceu para deixá-la em casa, e ela aceitou. Na porta de casa os mil pensamentos que passavam em sua cabeça atrapalharam um pouco, mas foi ele estender a mão e pedir para ela chegar mais perto que os pensamentos sumiram. Sempre terminava assim quando eram só os dois, sempre naquele abraço tão bom, que ela sempre queria.
- Por que você não veio antes?
- Não vamos falar de passado ,tudo bem pequena?
- Mas por que não?
- Por que no passado você não estava la, e o presente é você.
- E o futuro?
- Somos nós.
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