terça-feira, novembro 27, 2007

*no bar*

-Você não te medo de que um dia ele vá embora?
-Ele não vai.
-Mas e se for... como você pode ter tanta certeza disso?!
-Ele não vai, porque nunca esteve aqui.
-Como?! Ele está aqui, naquela mesa que você não para de olhar....claro que ele está aqui.
-Eu sei, não sou louca. Mas sabe? Tudo o que eu sinto, não é por ele ter estado ao meu lado. Eu não sei, é só por ele existir, por ele ser ele.
-Mas e as conversas de vocês? As coisas de quando ele está do seu lado, os abraços, essas coisas.
-Ah, isso ninguém vai tirar de mim. Ele vai comigo , pra onde eu for, não importa onde ele esteja.
-Você é estranha.
-Então vai lá e pede mais uma dessa aqui, não quero falar sobre isso hoje.

*música*


Quero te ter por perto, pra ser menos incerto do que sou. Quero te por mais graça, pra me deixar sem graça e depois, sorrir, assim. Meu mundo não tem falhas, mas se você se espalha, eu sei que a vida é colorida, que a vida é bem mais vida se for com você. Quero ir bem mais longe, mas se você se esconde , não vai dar. Quero ir bem mais fundo, pra te mostrar o mundo e dizer que encontrei meu mar, encontrei meu caminho, te vi caminhar, e me vi te olhar, vi no seu olhar, toda a minha paz. Meu mundo não tem falhas, mas se você se espalha... Quero ir bem mais longe, mas se você se esconde... Pra onde vai meu mar? Pra onde vai meu caminho? Eu vou caminhar, no seu olhar, na minha paz.

segunda-feira, novembro 26, 2007

* Vida morta*

Que bom que um dia vamos morrer. As coisas não teriam o mesmo sabor se soubéssemos que duraria para sempre. Nada seria feito com a mesma vontade, com a mesma intensidade. Não seriam dados tantos sorrisos por dia se soubéssemos que poderíamos sorrir para sempre. A vida não seria vivida, chegaria uma hora em que simplesmente vagaríamos por aí, sem tesão."Morrer não dói". A eternidade só fascina por ser impossível.

quarta-feira, novembro 21, 2007

*Timidez*

(Tudo bem, uma hora ou outra ela vai ter que saber. Melhor que seja logo. E também não pode ser assim tão difícil, é só entar lá e falar. Afinal você é um homem ou um rato. Abra essa porta e diga logo.É...é isso que vou fazer!)
- Com licença, será que poderia falar com você um pouco? - (Patético, você é patético. Somos amigos a uns mil anos, é lógico que você pode falar com ela, burro) Sorri meio amarelado.
- Claro Marcos, quer sentar? - Ela também sorri.

- A... sim, obrigada. -(Como se eu não estivesse aqui com essa cara idiota ela ainda vem com esse sorriso, ela quer que eu sofra, eu sei que quer. Ela sabe. Meu Deus! Ela sabe de tudo e está me torturando. Como ela sabe ser tão magnificamente má?)
- Marcos? Marcos?! Acorde menino! Em que mundo você está heim? - Ela riu, uma risada gostosa.

- A desculpe. São tantos problemas que agente acaba se perdendo -(Resposta idiota da porra heim? E afinal você vai ou não vai falar? Covarde! Maldito covarde é o que sou)
- Então, o que você queria falar?
- Bem , tem uma coisa-(Ai meu Deus !Ai meu Deus!)- que eu- (Não da pra desistir agora) - sabe, eu preciso te contar.
- Pois então me conte.Não aguento mistérios.
- (Por que ela tem que estar sempre sorrindo?)Vou contar. (Por que os celulares não tocam nessas horas?)
Ela apenas ficou esperanro respota.
- Tudo bem , eu vou contar, vou mesmo, mas preciso que você não fique ressentida. (Agora ela acha que eu matei a mãe dela, olha a cara de espanto, calma, eu não matei a velha,embora essa seja uma boa idéia)
-Está bem eu prometo, agora desenbuche!
- Bem , hoje de manhã , no café da manhã - (invente alguma coisa, invente alguma coisa) - eu comi um bolinho. Então cheguei no escritório, e vi que esqueci as chaves da minha sala em casa- (agora termine essa droga de história idiota, ela não é tão burra, ela não vai acreditar, de qualquer forma, sou um covarde mesmo.)- o bolinho que comi de manhã estava horrível - (por que agora ela não sorri?) - então, bem sua porta estava aberta. E eu espero que você não tenha ido ao banhiro hoje, por que sua privada está entupida. -(Nossa! Isso foi a pior coisa que eu já ouvi, de verdade, e veio de mim mesmo. Estúpido!).
-Marcos, você pode começar me chamando pra sair. - Sorriu e riu ao mesmo tempo.
-(Eu sabia! Ela sabia! Ela sempre soube! O que eu falo agora? Não sei mas tenho que falar alguma coisa por que aposto que ela não quer ficar olhando para essa cara estúpida.) -Jantamos hoje então?- (Ah, foi bem fácil até!)

terça-feira, novembro 13, 2007

Disseram que o amor é cego, surdo , burro e etc, mas é mentira. A paixão é tudo isso, o amor não. O amor implica em você saber exatamente como a pessoa não é nada perfeita e gostar de estar com ela, amor acontece quando respeitamos, quando sabemos criticar sem medo.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Não existe nada de errado em acreditar que existem pessoas boas. O que é errado é acreditar que alguém pode ser superior aos seres humanos, e jamais errar. Ninguém vai passar a vida sem te decepcionar ao menos uma vez, ou sem fazer alguma coisa de errado. O que torna alguém superior não é não errar nunca, e sim saber que está sujeito a errar sempre, e perdoar aqueles que erram.

terça-feira, novembro 06, 2007

*embalado*

Chega, entra logo, que eu não quero esperar.
Vem no meu embalo, me deixa eu te levar.
Se o amor tem tua cor, e a vida o meu sabor, vamos ser dois em um, ou só um.
Corre, tenho pressa, e o tempo vai passar.
Tinha medo, do teu medo, mas aqui é meu lugar.
E se a canção lembra você, e a melodia o meu coração, vamos seguir, vamos sair, só você e eu.

*ironia das palavras*

A morte, ironicamente , parece até sorte.
E a vida, veja só: lembra ferida.
Morte, vida, sorte ,ferida...sofrida sorte. Coma ferida veio a morte.

sexta-feira, novembro 02, 2007

*a cor de você*

Foi desde que você chegou. Não era mais cinza, ficou de outra cor. Não sei bem qual era, mas me lembrava música, cor de música. A cor que tem quando você fecha os olhos no meio da multidão e escuta a música e tudo parece que some. Tem essa cor.
Ou então é cor de banho de banheira. A cor de quando estamos muito cansados e os pés doem, então alguém vem e diz que a banheira está pronta.
Pode ser também a cor de primeiro beijo. Uma cor meio nervosa, meio feliz, meio surpresa e meio gostosa.
Não sei se isso importa, não importa qual é a cor, o importante é que você chegou; chegou e tudo tem cor.