Eu não reclamo dos meus amores temporários, gosto deles.Gosto de gostar por pouco tempo, mas sempre gostar muito, gosto de intensidade e de lembrar de coisas boas.
Mas hoje fiquei uma meia hora parada, sentada, olhando as pessoas passarem e senti vontade de abraçar. Mas não tinha alguém para abraçar. Então me senti angustiada, frustrada, e com raiva de mim mesma. Notei que em poucos minutos eu já estava planejando por quem iria me apaixonar no minuto seguinte, e me senti um lixo, um lixo imundo. Me perdi mais uma vez (não era a primeira vez que me sentia assim assim).
Fechei os olhos, fiquei imaginando quando aconteceria mais uma vez. Vi a minha imagem brincando de guerra de sorvete com alguém e ri alto, infelizmente meus romances idealizados não viriam tão cedo, não até eu aprender a misturar a razão com o coração. Aí sim vai dar tudo certo.
sexta-feira, agosto 31, 2007
terça-feira, agosto 14, 2007
*cinza*

Coitado do cinza.
Todos falam do preto e do branco, nunca mencionam o cinza. A coitada da cor fica ali, esquecida na foto, ninguém a notou. Foi se meter entre dois muito marcantes , entre o básico e o ousado que não quer ousar, e aí se perdeu.
Foi pro céu, tenta tirar o lugar do azul de vez em quando, mas ninguém gosta, manda o azul voltar. Virou sinônimo de tristeza por ter tentado roubar o lugar de quem quer dizer que está tudo bem.
Nunca é primeiro lugar, passou purpurina pra ficar mais charmoso, mas mesmo assim ficou em segundo , perdeu pro amarelo que teve essa idéia primeiro.
Aí o cinza desistiu, percebeu que não era bonito, e ficou ali mesmo na fotografia, onde ao menos era visto, e servia para equilibrar.
segunda-feira, agosto 13, 2007
*na praça*
Gostava de andar pelas ruas, e as vezes gostava de sentar em algum lugar e ficar olhando tudo. E as vezes também olhava para tudo só para poder olhar um pouco para mim.
Naquele dia eu entrei em conflito. Não sabia se eu me importava ou não.
Porque eu sempre soube que eu me importava sim, mas nem sempre era coma realidade, na maioria era com o que eu inventava. Não gostava dele porque ele me fazia feliz, gostava porque eu inventei que fazia e assim eu ia seguindo feliz. Mas naquele momento eu não gostava disso. Eu queria saber, porque se eu não soubesse ia ficar ignorante para sempre, e aí me perderia. Pensei em tudo, pensei em como eu me sentia quando estávamos juntos, pensei em como eu me sentia quando estava sozinha, e percebi que só pensava em um dia. Minha mente apagou os outros, só restou um , o dia em que ele não teve defeitos, ignorei os outros e nem notei. E agora eu entrara em conflito por isso, e nem havia percebido que me enganei. Sorri nesse momento, gostava disso, gostava de não me importar. A pipoca estava bem barata então comprei duas, precisava comemorar a minha não ignorância.
Naquele dia eu entrei em conflito. Não sabia se eu me importava ou não.
Porque eu sempre soube que eu me importava sim, mas nem sempre era coma realidade, na maioria era com o que eu inventava. Não gostava dele porque ele me fazia feliz, gostava porque eu inventei que fazia e assim eu ia seguindo feliz. Mas naquele momento eu não gostava disso. Eu queria saber, porque se eu não soubesse ia ficar ignorante para sempre, e aí me perderia. Pensei em tudo, pensei em como eu me sentia quando estávamos juntos, pensei em como eu me sentia quando estava sozinha, e percebi que só pensava em um dia. Minha mente apagou os outros, só restou um , o dia em que ele não teve defeitos, ignorei os outros e nem notei. E agora eu entrara em conflito por isso, e nem havia percebido que me enganei. Sorri nesse momento, gostava disso, gostava de não me importar. A pipoca estava bem barata então comprei duas, precisava comemorar a minha não ignorância.
quinta-feira, agosto 02, 2007
*Nas pedras da cachoeira*

-E aí, o que foi que você viu nela?! - disse a menina com certa insegurança por não saber se podia fazer tal pergunta.Mas a água passando entre seus dedos, o sol forte que refletia nas folhas tão verdes e os peixinhos nadando entre as pedras deu vontade de falar de amor.
-Eu não sei bem- respondeu o menino, surpreso, mas propondo-se a responder- ela me faz rir muito, sabe conversar, se preocupa comigo, é uma boa pessoa... acho que é isso.
-Hmm- ela ficou pensativa- não me leve a mau, mas é que sei que você conhece muita gente com essas qualidades...
-Conheço sim-interrompendo o pensamento da garota.
-Então por que justo ela?!
-Ah...nunca pensei nisso, essas coisas são assim;as vezes a pessoa não tem nada que os outros não tem, mas quando estamos com ela, parece que ela tem tudo o que todos tem, e ainda mais. Parece que se as outras pessoas sumissem não faria grande diferença, por que ela estaria ali. Voce me entende?
-Entendo sim- ela sorri- acho que é isso mesmo.
A água continuava calma, e quase sem ninguém perceber, ficou um pouco salgada, mas logo logo a corrente levaria as lágrimas embora.
Romã Duarte Rettamozo
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